Friday, November 03, 2006

A linguagem

''Carta aberta a um dos Martins, o Maximiano

O mais desprezível, é que você seja um dos principais artífices de toda esta pouca-vergonha contra o Povo Madeirense. Contra a sua própria terra.

Por caridade cristã — e mais nada — temo pela sua saúde.
Compreendo-lhe as raivas e os complexos, alimentados crescentemente nos tempos de uma juventude que, se calhar por causa do seu feitio, podia não lhe ter sido tão azeda.
Então começou a maleita.
Você tinha obrigação de conhecer os crimes que o comunismo espalhara e espalha por esse mundo fora. Mas viu em tal opção, a oportunidade de se vingar cegamente daquilo que detestava, mas para onde hoje corre célere e subservientemente, os braços da burguesia materialista e inculta.
O que já não foi bonito, foi de vira-casaca, é quando da queda do comunismo na Europa, você e outros, quais ratazanas em barco que se está a afundar, «estrategicamente» se virarem para o partido socialista.
Oportunismo burguês, retrato de que as raivas, os complexos, os ódios, lhe eram mais importantes, bem como os meios para alimentá-los, do que Valores, Ideologia, concepções firmes que nomeadamente não têm pessoas dominadas pelo azedo e pela vingança, como você.
Mas fica claro que, militantemente, você pactuou com a descolonização criminosa, com a destruição da economia nacional post-25 de Abril, com os saneamentos, perseguições e prisões arbitrárias, com o sequente estado de coisas neste País, cuja miséria não lhe dá qualquer moral para falar da Madeira, nem tentar destruir a nossa qualidade de vida.
Compreendo que as pressões a que a sua mente está sujeita — cientificamente dá problemas… — o conduzam à desonestidade intelectual de não comparar a Madeira de agora à de há trinta anos atrás, a Madeira Velha que tanto o traumatizou psiquicamente.
Mas porque a inteligência em si não parece abundante, lá cai outra vez na asneira. Ataca os que mudaram tudo isto, alia-se aos velhos senhores do passado.
A sua desonestidade intelectual leva-o a conceber a Madeira em função do que uns tipos ou uns grupos sem importância disseram — alguns pagos pela Madeira Velha — ou pelo que eventualmente eu tenha dito. E só não disse mais, porque Portugal não é ainda num Estado de Direito, há repressão e revanchismo sobre os Direitos, Liberdades e Garantias de quem se atrever a pensar diferente do regime e apontar contra os seus mercenários.
A sua desonestidade intelectual serve-se de números fabricados para fins políticos, facilmente desmontáveis nos pressupostos utilizados, e nada a ver com o que se faz na União Europeia.
Você até vai contra a própria liberdade e pluralismo da imprensa!
Olhe, sim, para a miséria que vai no Continente, a miséria do seu socialismo. E acautele-se. O Povo está a ficar farto de vocês. E você, depois do salto do comunismo para o «socialismo», não tem muito mais para onde fugir. A não ser que os seus senhorios da Madeira Velha o recebam numa «união nacional na clandestinidade», que junta desde capitalismo selvagem ao marxismo, na luta contra os que conseguiram fazer esta Madeira Nova.
Tenho pena de si.
Pelo que está traumatizado psiquicamente há tanto tempo, por não ter tomado parte nesta revolução que mudou a Madeira, antes, por maldade, ter tentado contrariá-la.
Pena, porque a dívida pública que ficou, você também vai pagá-la. Ou não queria que se fizesse, para você, um dia — que não sucederá — tentar fazer obra? Não seria capaz. Ou queria você beneficiar, mas não pagar?
O mais desprezível, é que você seja um dos principais artífices de toda esta pouca vergonha contra o Povo Madeirense. Contra a sua própria terra. Psiquicamente, a sua tentativa de vingança sobre a baralhada que a sua fraca cabeça articulou.
É demasiado baixo, para que alguém se suje consigo.''
In JM

O PRESIDENTE DO GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA
ALBERTO JOÃO JARDIM

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